In 2012, as part of my duties as President of CCDRC, I started an initiative named “InvestCENTRO“. The idea was to organize an infrastructure to promote investment in the Central Region of Portugal. We wanted to have everything ready for investors: connections, information on funds, information on tax policies and labor regulations, spaces ready for companies, a network of facilitators at local and regional government levels, a network of business contact points, etc.

Em 2012 lancei, juntamente com uma equipa dinâmica e muito competente da CCDRC, uma iniciativa que denominamos InvestCentro.

Tinha como objetivo central captar investimento para a região Centro de Portugal, colocando em destaque as mais-valias da região e usando-as como vantagem competitiva na captação de investimentos e na sua manutenção na região.

Partia da ideia de uma região dinâmica, apesar de pobre, que fez alguns investimentos interessantes, dispõem de meios importantes de produção de conhecimento avançado, é capaz de organizar uma oferta de recursos humanos de grande valia, tem uma excelente qualidade e diversidade de território, que apesar de estar desorganizada e não ter uma ideia muito nítida de região, pode resolver esses problemas com projetos integradores que sejam capazes de olhar para região como um todo e explorar sinergias entre os vários concelhos, possui uma rica e muito diversificada atividade cultural também baseada em costumes e tradições únicos no mundo. Alia a tudo isto excelentes exemplos, ainda isolados, de empreendedorismo e capacidade de transformar ideias em negócios e fazer deles projetos globais de sucesso. Uma região à espera de um clique, de que acreditem nela: um território de oportunidades, como dizíamos no vídeo de apresentação do projeto.

De forma simples e intuitiva, pensando pela cabeça de investidores, o InvestCentro pretendia organizar a região para o investimento, sendo um trabalho de grande fôlego, permitindo transmitir a ideia, incentivar a curiosidade e providenciar as respostas sobre uma região que se conhece a si própria (EM TODOS DOS SENTIDOS), que possuí um elevado e diversificado conjunto de espaços de localização empresarial (ABERTA ÀS EMPRESAS), que é capaz de apoiar as empresas mais exigentes (ONDE A INOVAÇÃO JÁ É TRADIÇÃO), que está focada na valorização dos seus recursos humanos (PREPARA AS PESSOAS), e que possuí uma excelente qualidade de território e uma cultura muito rica (ONDE APETECE VIVER E TRABALHAR). Aliado a isso, pretendia organizar a informação de carácter transversal, crucial para os processos de tomada de decisão e para o desenvolvimento dos projetos de investimento que se pretende captar:

a) Orientação e apoio às empresas, incluindo a identificação das entidades que prestam este serviço e de pontos de contacto direto, bem como os programas e sistemas de incentivos em vigor;

b) Informação relativa ao contexto institucional que enquadra o desenvolvimento de atividade económica na região: contexto macroeconómico, legislação laboral, fiscalidade, etc.

Estaria organizado nos vários municípios, com elementos de apoio dos próprios municípios, constituindo uma verdadeira rede de apoio ao investidor no Centro de Portugal. Tinha objetivos regionais de captação de investimentos, mas também de parceria e cooperação procurando de forma coordenada combater os desequilíbrios sociais e económicos que são muito evidentes na região.

Procurava ser uma porta de entrada na região, organizando informação, fornecendo os desafios, dando respostas, procurando corresponder a todas as solicitações de quem procura um local para investir e rentabilizar o seu investimento. Fizemos por isso as necessárias parcerias com o AICEP, a AMA, o IEFP, o IAPMEI, etc. Não avançou para a concretização por razões que são demasiado comuns em Portugal: a resistência à mudança e a mediocridade de muitos dos nossos decisores públicos. É urgente, de facto, mudar.

Consequentemente, este é um projeto que deve ser colocado em marcha de novo. Deve ser realizado por instituições do Estado, com responsabilidade na coordenação regional, dada a sua capacidade para parcerias e a qualidade dos seus recursos humanos, procurando encarar a região como um território multipolar de cidades, organizando-o, tirando partido dos seus recursos e infraestruturas de forma partilhada, propondo os investimentos nas áreas carenciadas e mostrando, de forma efetiva, uma região que se preparou para o investimento. É assim que se fará a diferença.

Isto era, e continua a ser, urgente.